Com duas mortes por atropelamento registradas próximo ao Distrito Industrial de Cuiabá, em um período de apenas três dias, os empresários da região organizados na Associação das Empresas do Distrito Industrial de Cuiabá (AEDIC) cobraram intervenção imediata do poder público na localidade.
No domingo (19.01), Cristiane Alves Nogueira Marcoski, 44 anos, foi vítima de um acidente fatal na mesma rodovia. Já na noite de sexta-feira (17), o ciclista Rafael Cardoso de Menezes, de 36 anos, perdeu a vida ao tentar atravessar a BR-364. Relatos de moradores, comerciantes e trabalhadores da região apontam que os perigos são constantes, principalmente para pedestres e ciclistas que transitam pelo local. A principal reclamação é a de falha na manutenção da iluminação pública, o que potencializa os riscos. Outro ponto destacado é a falta de uma passarela, prometida durante a obra de duplicação da BR, para proporcionar uma travessia segura.
“A iluminação é realmente um caso grave já de algum tempo, que não somos atendidos. Estamos falando de uma região que abriga um grande polo industrial com turno de trabalho durante a noite. Então, é imprescindível que seja dada essa atenção. Já solicitamos na gestão anterior e, agora, buscamos a nova gestão da Prefeitura de Cuiabá para que seja informada uma data para realização da a manutenção”, explica o presidente da AEDIC, Domingos Kennedy, que representa cerca de 300 empresas instaladas no distrito.
Ele argumentou ainda que que o Distrito Industrial conta com aproximadamente 22 mil trabalhadores e a maioria depende do transporte público. Segundo ele, poucas linhas de ônibus entram no local e, por isso, grande parte das pessoas precisam ir até a BR para pegar o transporte, percorrendo distâncias de até dois quilômetros para chegar ao ponto mais próximo.
“Por conta desse longo percurso para dar a volta no viaduto, muitas pessoas acabam arriscando atravessar a BR. O correto é que tivesse uma passarela, evitando que os trabalhadores tenham que andar de 10 a 15 minutos para chegar ao ponto. Também já fizemos esse pedido ao DNIT. Essa estrutura precisa ser construída não só para dar mais conforto, mas principalmente para evitar que novas vidas sejam perdidas”.
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