Uma família de Cuiabá busca respostas após a morte de D.A.P.P, de 71 anos, que ocorreu na madrugada do dia 31 de janeiro. Segundo relatórios médicos e testemunhos, há indícios de negligência durante o transporte da idosa entre dois hospitais da capital mato-grossense.
D.A.P.P foi internada na noite do dia 30 de janeiro no Hospital São Judas Tadeu com um quadro de dispneia e mal-estar. Com o agravamento de seu estado, foi estabilizada pela equipe de plantão e transferida para a UTI do Hospital H-Bento, com transporte realizado por uma ambulância particular da empresa Maranata Med.
Ao chegar ao hospital de destino, a médica plantonista Dra. Ligia Orro Arabi constatou que os aparelhos de sustentação e medicação estavam desligados e desconectados antes mesmo da chegada da paciente à unidade. O prontuário de internação da paciente registra que o desligamento dos equipamentos foi autorizado pelo médico responsável pelo transporte, Dr. João Paulo Garcia, da Maranata Med.
A equipe hospitalar tentou reanimar a paciente com manobras de ressuscitação cardiorrespiratória (RCP), mas, após cinco tentativas, o óbito foi declarado às 02h22.
A família contesta a forma como a idosa foi transportada e aponta indícios de imperícia médica. Os familiares se baseiam no relato da médica plantonista e no prontuário médico que confirma que a paciente chegou ao hospital sem sinais vitais.
O que dizem os envolvidos
Tentamos contato com o diretor da Maranata Med, Gutemberg Rodrigues, e com o médico responsável pelo transporte, Dr. João Paulo Garcia, mas não obtivemos resposta até a publicação desta reportagem.
A médica Ligia Orro Arabi optou por não se pronunciar diretamente contra o colega de profissão, mas confirmou todas as informações registradas no prontuário e atestadas também pela enfermeira Fernanda Donizetti Bastos.
A família da idosa deve acionar a Justiça para investigar possíveis responsabilidades pelo ocorrido.
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