Ainda neste mês, a Águas Cuiabá dará início às obras do projeto "Bacia da Prainha", com aporte de aproximadamente R$ 44 milhões para ampliar a rede de esgoto da cidade em mais 18 km e minimizar os recorrentes alagamentos na região central de Cuiabá.
A principal frente de trabalho será o córrego da Prainha, canalizado na década de 1980 e que, ao longo dos anos, tornou-se um dos pontos críticos de alagamento da cidade. Além da construção de novas redes de esgoto, o projeto prevê 5 km de reforço na drenagem pluvial, a revitalização e implantação de aproximadamente 700 bocas de lobo e a limpeza desses dispositivos para melhorar o escoamento das águas das chuvas.
As primeiras intervenções ocorrerão em áreas mais vulneráveis a alagamentos, como a região do Shopping Popular, na Avenida XV de Novembro, no bairro do Porto. As obras também se estenderão por outras áreas estratégicas, como a Avenida Ten. Cel. Duarte (Prainha), a região central e a Avenida Rubens de Mendonça (CPA), beneficiando diretamente os bairros do Porto e Consil.
Contudo, as obras terão impacto na mobilidade e no comércio local. Em razão disso, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL Cuiabá) está organizando reuniões com empresários para definir estratégias que minimizem os transtornos. A ideia é replicar o modelo de diálogo adotado durante as intervenções na Praça Popular, em 2024, quando lojistas foram consultados para determinar os horários menos impactantes para a execução dos trabalhos.
“Assim que soubemos das obras, ouvimos nossos associados para identificar os melhores horários. Deu certo, e agora vamos repetir essa abordagem”, afirmou o presidente da CDL Cuiabá, Júnior Macagnam. Entre as medidas adotadas na época estavam a criação de canais diretos de comunicação com a concessionária, grupos de WhatsApp para troca de informações e visitas técnicas para esclarecer dúvidas de comerciantes e população.
Durante o diagnóstico inicial do projeto, a equipe técnica da concessionária retirou mais de cinco toneladas de detritos e lixo da rede, constatando que as galerias pluviais possuem capacidade para absorver a água da chuva, mas estavam comprometidas pelo acúmulo de resíduos. Com a instalação de filtros e a reforma das bocas de lobo, a expectativa é reduzir significativamente os transtornos causados pelas chuvas.