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JUDICIÁRIO Terça-feira, 10 de Dezembro de 2024, 10:20 - A | A

Terça-feira, 10 de Dezembro de 2024, 10h:20 - A | A

PRESO DESDE NOVEMBRO

Zanin mantém prisão de empresário investigado em esquema de venda de sentenças

A decisão, proferida na segunda-feira (9), também negou a transferência de Andreson da Penitenciária Central do Estado (PCE) para outra unidade prisional.

 

O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou o pedido de revogação da prisão preventiva de Andreson de Oliveira Gonçalves, empresário investigado na Operação Sisamnes. A decisão, proferida na segunda-feira (9), também negou a transferência de Andreson da Penitenciária Central do Estado (PCE) para outra unidade prisional.

Andreson está preso desde 26 de novembro, acusado de participar de um esquema de venda de decisões judiciais. Segundo a Polícia Federal, ele teria papel de comando no esquema, que envolveria advogados, lobistas, empresários, assessores, chefes de gabinete e magistrados.

Embora tenha mantido a prisão preventiva, Zanin autorizou que o empresário volte a ter contato com sua esposa, Mirian Ribeiro Rodrigues de Mello Gonçalves, nos dias e horários de visitação permitidos. Mirian, que é advogada, também é investigada por suposta participação no esquema.

Defesa alega condições inadequadas

A defesa de Andreson argumentou que ele estaria sendo submetido a condições que colocariam em risco sua integridade física e psicológica na PCE. No entanto, o STF manteve a prisão, reforçando a gravidade das acusações.

Operação Sisamnes: esquema amplo e de alto alcance

Deflagrada pela Polícia Federal, a Operação Sisamnes investiga crimes de organização criminosa, corrupção, exploração de prestígio e violação de sigilo funcional. A ação resultou na busca e apreensão de documentos em diversos locais, incluindo os gabinetes dos desembargadores Sebastião de Moraes Filho e João Ferreira Filho, afastados desde agosto sob suspeita de envolvimento no esquema.

Além de Andreson, outros alvos da operação incluem o advogado Flaviano Kleber Taques Figueiredo, empresários do setor de mineração como Valdoir Slapak e Haroldo Augusto Filho, e servidores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, como Rafael Macedo Martins.

A investigação também implicou membros das famílias dos desembargadores e assessores próximos, além do bloqueio de bens e a imposição de monitoramento eletrônico para alguns dos envolvidos.

Próximos passos

Com a decisão de Zanin, as investigações da Operação Sisamnes continuam em andamento, prometendo revelar mais detalhes sobre a estrutura do esquema e os desdobramentos judiciais para os acusados.

 
 
 
 
 

 

 

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