Em mais um movimento do governo de Donald Trump contra a comunidade LGBTQIA+, a Casa Branca proibiu formalmente funcionários federais de listarem os pronomes preferidos em assinaturas de e-mail, chamando isso de sintoma de “ideologia de gênero” equivocada. E anunciou que funcionários da administração não responderão jornalistas que usarem pronomes nos e-mails.
“Por uma questão de política, não respondemos a repórteres com pronomes em suas biografias”, escreveu Karoline Leavitt, secretária de Imprensa da Casa Branca, a um repórter do New York Times que havia perguntado sobre o possível fechamento de um famoso observatório de pesquisa climática.
Em pelo menos três outras ocasiões, assessores de imprensa seniores de Trump se recusaram a responder as perguntas dos repórteres, porque os jornalistas listaram pronomes de identificação nas assinaturas de e-mail.
Katie Miller, consultora sênior do Departamento de Eficiência Governamental, há algumas semanas, não respondeu perguntas de um jornalista que questionou o status legal dos registros do departamento.
“Por uma questão de política, não respondo pessoas que usam pronomes em suas assinaturas, pois isso demonstra que ignoram as realidades científicas; portanto, ignoram os fatos”, escreveu Katie por e-mail.
Em mensagem separada, ela acrescentou que “isso se aplica a todos os repórteres que têm pronomes em suas assinaturas”.
Os pronomes, como “ele/dele” e “elu/delu”, começaram a ser incluídos em assinaturas de e-mail e biografias de mídias sociais. A prática tornou-se comum nos últimos anos como forma de esclarecer a identidade de gênero de cada um em movimento inclusivo à comunidade LGBTQIA+.