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POLÍTICA MT Sexta-feira, 13 de Dezembro de 2024, 10:11 - A | A

Sexta-feira, 13 de Dezembro de 2024, 10h:11 - A | A

IRREGULARIDADES EM CONTAS

Abílio nega irregularidades em contas de campanha e diz que vai recorrer da decisão

 

 O prefeito eleito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), e sua vice, Vânia Rosa, emitiram uma nota oficial na noite desta quinta-feira (12) em resposta à decisão da Justiça Eleitoral, que reprovou suas contas de campanha e determinou a devolução de R$ 2,8 milhões aos cofres públicos.

 

A sentença foi proferida pelo juiz Alex Nunes de Figueiredo, da 55ª Zona Eleitoral de Cuiabá, embasada em parecer técnico e manifestação do Ministério Público Eleitoral (MPE), que identificaram irregularidades no pagamento de serviços de publicidade contratados.

 

Brunini nega qualquer irregularidade e afirma que os valores gastos estão dentro dos padrões de mercado, sendo até inferiores aos de outras campanhas. Ele garantiu que sua equipe jurídica apresentará embargos de declaração para reverter a decisão.

 

"Todos os serviços contratados foram efetivamente prestados. Isso pode ser comprovado pela veiculação do programa eleitoral e pelo engajamento nas redes sociais. Confiamos que os esclarecimentos apresentados garantirão a aprovação das contas", destacou.

 

Irregularidades Apontadas:

 

O relatório técnico destacou que a empresa T2 Comunicação recebeu R$ 2,18 milhões para ações de marketing, mas os serviços contratados não foram detalhados conforme exigido pela Resolução 23.607/2019 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

 

O documento também cita irregularidades em pagamentos à MT 360 Consultoria e Comunicação Ltda., no valor de R$ 300 mil, sem comprovação adequada dos serviços realizados.

 

Além disso, foram identificadas despesas de R$ 158 mil em materiais de publicidade que teriam beneficiado campanhas de partidos coligados, violando a regra que restringe o uso de verbas públicas ao próprio candidato ou partido.

 

Decisão Judicial:

O juiz Alex Nunes determinou a devolução do montante de R$ 2.804.867,65 ao Tesouro Nacional, fixando prazo de cinco dias após o trânsito em julgado para o recolhimento.

 

Caso o valor não seja pago, a Advocacia-Geral da União será acionada para cobrança.

 

A defesa de Abílio confia na reversão da decisão, mas, enquanto isso, a controvérsia sobre as contas de campanha traz mais um capítulo turbulento para a política cuiabana.

 

 

 
 

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