O deputado estadual Gilberto Cattani (PL) afirmou, em entrevista à imprensa, que a suposta arquitetura de uma tentativa de golpe orquestrada por militares e apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro não configura um crime, conforme apontado pela Polícia Federal.
Segundo Cattani, não houve planejamento efetivo para cometer um crime, como a tentativa de assassinato de figuras como o presidente Lula, o vice Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes.
"Eu posso querer matar uma pessoa, vou lá e falo, se eu não sair para cometer esse crime, não existe crime", declarou, ressaltando que, mesmo se houvesse um planejamento para o golpe, ele não configuraria crime sem a execução do ato.
Cattani também foi questionado sobre a possível prevaricação de Bolsonaro, por supostamente ter conhecimento da tentativa de golpe e não ter denunciado.
O deputado rejeitou a ideia, defendendo o ex-presidente como uma pessoa íntegra e honesta.
“Bolsonaro é um cara idôneo, íntegro, honesto, trabalhou a vida toda por uma política justa no nosso país”, afirmou.
Ele também negou ser favorável a um golpe de estado, afirmando que ninguém deve apoiar esse tipo de ato.
A Polícia Federal, por sua vez, identificou um plano de golpe envolvendo Bolsonaro e aliados, com uma minuta que chegou a ser elaborada e prevista para ser assinada em 15 de dezembro de 2022, indicando o ex-presidente como participante ativo na articulação do movimento.