Na noite desta sexta-feira (3), o prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), anunciou a decretação de calamidade financeira no município. Segundo o gestor, a medida é necessária para evitar um colapso financeiro devido à falta de recursos para cobrir despesas essenciais.

Brunini também destacou que cortes significativos serão feitos, com foco principal no setor de tecnologia, onde foram identificados gastos que podem ser reduzidos em até R$ 300 milhões ao longo de um ano.

O ex-prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) reagiu à declaração, publicando um vídeo nas redes sociais onde se defendeu das acusações e esclareceu pontos da gestão anterior. “Deixei no caixa R$ 33 milhões destinados ao pagamento dos servidores. Dezembro foi um mês atípico, mas programei o pagamento para o 5º dia útil, conforme prevê a Constituição. Há muitas informações desencontradas”, afirmou.

Durante uma entrevista realizada no Contorno Leste, Abilio criticou a gestão de Pinheiro, alegando que o ex-prefeito comprometeu o planejamento financeiro ao agendar pagamentos até fevereiro. Ele também afirmou que algumas empresas estão sem receber desde outubro, o que agrava a situação.

“Nós não queremos atrasar a folha de pagamento nem escalonar os salários dos servidores. Assim que houver recursos suficientes, faremos os pagamentos. Nosso foco agora é quitar dívidas com empresas que prestam serviços essenciais ao município”, explicou Abilio.

O pagamento dos salários, que tradicionalmente ocorre no último dia do mês, ainda não foi efetuado. Abilio afirmou que os depósitos poderiam começar a ser realizados a partir de quinta-feira (2), mas até o momento os valores não foram creditados. Emanuel, por sua vez, atribuiu o atraso ao não repasse de recursos pelo Estado, mas garantiu que não deixou salários pendentes e que o dinheiro estaria disponível em breve.

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