O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a convocar seus apoiadores para uma manifestação em favor da anistia dos envolvidos nos atos de 8 de janeiro, marcada para este domingo (6), na Avenida Paulista. A concentração está prevista para começar às 14h, e a mobilização tem como objetivo pressionar o governo pela liberação dos presos acusados de participação nas invasões aos prédios dos Três Poderes.
Em uma publicação no X (antigo Twitter), Bolsonaro mencionou o caso de Eliene Amorim de Jesus, missionária e estudante de psicologia que estava presa há dois anos sob acusação de envolvimento nos eventos de janeiro. Eliene obteve, na última sexta-feira (4), a concessão da prisão domiciliar. Segundo o ex-presidente, ela foi vítima de uma prisão "cruel e injusta", destacando seu papel como pesquisadora que acompanhava com o objetivo de escrever um livro, sem qualquer envolvimento criminoso.
"Falei aqui sobre a prisão cruel e injusta de Eliene Amorim de Jesus, jovem missionária, trabalhadora e estudante de psicologia, presa por acompanhar os acampamentos como pesquisadora, com papel e caneta na mão, para realizar seu sonho de escrever um livro. Hoje, recebemos a notícia: após dois anos presa em Pedrinhas, sem crime e sem julgamento, Eliene está indo para a casa", disse Bolsonaro em sua postagem.
No entanto, o ex-presidente ressaltou que a vitória de Eliene não representa uma liberdade plena, uma vez que ela terá de usar tornozeleira eletrônica e estará proibida de se expressar. "Essa ainda não é a liberdade que ela merece. Mas é uma pequena vitória. E é importante reconhecer: ela só aconteceu porque o caso foi exposto, denunciado e ganhou as redes", afirmou.
Bolsonaro também citou o caso de Débora Rodrigues, que foi presa após pichar a estátua da Justiça com um batom durante os atos de 8 de janeiro e também obteve a prisão domiciliar recentemente. O ex-presidente destacou que esses casos são uma prova de que a pressão popular pode influenciar as decisões judiciais e políticas, apontando que a mobilização de milhões de brasileiros pode fazer a diferença.
"Essa vitória, ainda que pequena e parcial, é um sinal para todos nós: a pressão do povo funciona. Quando você compartilha, denuncia e se une a milhões de outros brasileiros para se manifestar contra a injustiça, o autoritarismo recua. Por isso, neste domingo, 6 de abril, todos na Avenida Paulista. Por Eliene. Por Débora. Pelo Clezão. Pelos que ainda estão presos injustamente. Por um Brasil livre. Por um futuro melhor para os nossos filhos", concluiu Bolsonaro.
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