menu
07 de Abril de 2025
facebook instagram whatsapp
lupa
menu
07 de Abril de 2025
facebook instagram whatsapp
lupa
fechar

POLÍTICA NACIONAL Sábado, 05 de Abril de 2025, 16:29 - A | A

Sábado, 05 de Abril de 2025, 16h:29 - A | A

ENTENDA POLÊMICA

Bolsonaro desconfia que aliados querem sua prisão 

 

A poucos dias de mais um ato político na Avenida Paulista, o ex-presidente Jair Bolsonaro vê ruir um de seus principais trunfos no Congresso: a proposta de anistia que poderia livrá-lo de uma eventual condenação.

 

A dificuldade em conseguir apoio entre líderes do centrão para acelerar a votação do projeto levou Bolsonaro a suspeitar que alguns de seus aliados prefeririam vê-lo atrás das grades.

 

Nos bastidores, cresce a percepção de que a presença de Bolsonaro como figura inelegível atrapalha os planos da direita para a sucessão presidencial de 2026.

 

Um Bolsonaro preso em 2025, segundo essa lógica, poderia unificar o campo conservador e facilitar a construção de uma candidatura alternativa.

 

A visão encontra eco no próprio partido de Bolsonaro, o PL. Em declaração feita há cinco meses, Valdemar Costa Neto afirmou que "se for preso, Bolsonaro elege um poste de dentro da cadeia".

 

Bolsonaro, que há anos diz ver três possíveis desfechos para si — “preso, morto ou vitorioso” —, agora encara a mais concreta das hipóteses. Atualmente, responde a processos no Supremo Tribunal Federal e aguarda uma sentença que poderá selar seu futuro político.

 

Na tentativa de manter influência, mesmo com o cerco apertando, Bolsonaro se reuniu com o governador do Paraná, Ratinho Júnior, em Curitiba.

 

Questionado sobre apoiar o governador para a presidência, desconversou, reforçando a ideia de que não procura sucessores, mas aliados que comprem sua agenda.

 

Outros nomes, como Tarcísio de Freitas, Romeu Zema e Ronaldo Caiado, também disputam espaço para herdar o capital político do ex-presidente.

 

A ameaça do centrão é clara: só haverá avanço na proposta de anistia caso Bolsonaro desista de lançar o filho Eduardo como candidato em 2026 e aceite apoiar um nome mais viável.

 

Uma das estratégias em discussão seria ele endossar Tarcísio até março do próximo ano, permitindo que o governador de São Paulo deixe o cargo e se viabilize como candidato da direita.

 

Num cenário instável, Bolsonaro corre contra o tempo para manter-se relevante  ou mesmo livre  até as eleições.

 

O jogo político segue, mas o tabuleiro parece cada vez mais inclinado contra o capitão.

 

 

> Click aqui e receba notícias em primeira mão.

 

 

Comente esta notícia