Imagens obtidas pela CNN Brasil revelam que o ato organizado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em memória às manifestações de 8 de janeiro de 2023, realizado na manhã desta quarta-feira, 8, na Praça dos Três Poderes, enfrentou uma expressiva falta de adesão popular.

Mesmo com a presença de autoridades de peso, incluindo ministros do governo, membros do Supremo Tribunal Federal (STF) e integrantes do Congresso Nacional, o evento foi marcado pela ausência de público em grande escala. De acordo com registros da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), apenas um pequeno grupo de apoiadores esteve presente ao longo da cerimônia, deixando o local praticamente vazio.

Cerimônia esvaziada

A cerimônia teve como ponto central a reintegração de obras de arte danificadas durante os atos de depredação de 2023, incluindo o descerramento da obra As Mulatas, de Di Cavalcanti, reinstalada no terceiro andar do Palácio do Planalto.

Embora tenha sido planejado como um marco simbólico, o ato não conseguiu mobilizar a população. O presidente Lula discursou sobre os “ataques ao governo e às instituições democráticas”, enquanto o vice-presidente do STF, ministro Edson Fachin, leu uma mensagem enviada por Luís Roberto Barroso, presidente da Corte, que classificou os atos de 8 de janeiro como “uma trama que visava o golpe de Estado”.

Praça dos Três Poderes vazia

Apesar do forte simbolismo, as imagens captadas no local evidenciam o esvaziamento do ato. Desde as primeiras horas da manhã, o cenário na Praça dos Três Poderes era de pouquíssimo movimento. Nem mesmo o apoio institucional e a presença de lideranças do alto escalão foram suficientes para atrair um público significativo.

A falta de engajamento chamou atenção e alimentou críticas nas redes sociais. Muitos apontaram o contraste entre o investimento político e simbólico no evento e a baixa adesão, sugerindo que o governo não conseguiu sensibilizar a população para participar de uma cerimônia que tinha como objetivo relembrar os acontecimentos do ano anterior.

Reações ao fiasco

O aparente fracasso do evento abriu espaço para questionamentos sobre a capacidade de mobilização do governo Lula em torno de pautas consideradas importantes por sua administração. Críticos interpretaram a ausência de público como um reflexo de desinteresse ou desconexão entre o governo e parte da população. Por outro lado, defensores argumentaram que o foco do ato estava na esfera institucional, e não na mobilização popular.

Enquanto isso, as imagens vazias divulgadas pela CNN Brasil reforçam a percepção de que o evento, planejado para reafirmar valores democráticos, ficou longe de cumprir sua intenção de impactar o público.

O episódio lança um alerta sobre a efetividade da comunicação do governo e levanta dúvidas sobre sua capacidade de gerar engajamento popular em torno de temas que visam marcar a memória coletiva e o debate público.

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