O casal Eloizio Ramos Cardoso e Maria da Glória Rodrigues entrou com uma ação judicial contra a empresa AGX, do empresário Aguinaldo José Anacleto, e o cantor Leonardo, após adquirir cinco unidades de lotes no residencial Munique Smart Life, localizado em Querência, Mato Grosso. O projeto, divulgado por Leonardo, revelou-se irregular, e o casal busca a rescisão do contrato, a devolução do dinheiro pago e uma indenização por danos morais.
Eloizio e Maria, antes moradores de Goiânia, se mudaram para o interior de Mato Grosso com a intenção de investir em um negócio próprio. Após perceberem que o mercado de fábrica de gesso era inviável, optaram pela compra de terrenos. Em 2022, adquiriram cinco lotes no residencial anunciado por Leonardo e a AGX. Eles pagaram um valor inicial de R$ 26 mil e começaram a quitar o saldo restante em parcelas mensais. No entanto, após três anos de espera, o casal percebeu que a área não estava regularizada, e a promessa de entrega rápida não se concretizou.
A investigação revelou que os lotes não estavam registrados, e os antigos donos do terreno entraram com uma ação de reintegração de posse, alegando que Aguinaldo Anacleto não cumpriu com os pagamentos. Como resultado, o casal entrou com uma ação no valor de R$ 83.996,01, exigindo a devolução do dinheiro e responsabilização dos envolvidos.
A defesa do casal alega que Leonardo, embora não seja formalmente sócio do empreendimento, usou sua imagem para promover o negócio, criando a impressão de que teria envolvimento direto na gestão do projeto. Em resposta, Leonardo afirmou que atuou apenas como garoto-propaganda e que não possui qualquer responsabilidade administrativa no empreendimento.
Por sua vez, a AGX nega irregularidades e afirma que o projeto é regular, embora tenha enfrentado paralisações devido à inadimplência de investidores. A empresa também esclarece que a parceria com Leonardo foi apenas publicitária, sem vínculo de gestão.
O caso segue em trâmite judicial, com o casal lutando para reaver o dinheiro investido e responsabilizar os envolvidos pela fraude que alegam ter sofrido.