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JUDICIÁRIO Segunda-feira, 10 de Março de 2025, 11:29 - A | A

Segunda-feira, 10 de Março de 2025, 11h:29 - A | A

DECISÃO JUDICIAL

TJ mantém tornozeleira eletrônica para investigador envolvido em esquema criminoso em delegacia de MT

Angeli foi um dos alvos da Operação Diaphthora, que revelou um esquema de vantagens indevidas dentro da Delegacia de Peixoto de Azevedo, a 691 km de Cuiabá

 

Por unanimidade, a Quarta Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) negou o recurso do investigador de polícia Marcos Paulo Angeli, mantendo a obrigação do uso da tornozeleira eletrônica.

 

Angeli foi um dos alvos da Operação Diaphthora, que revelou um esquema de vantagens indevidas dentro da Delegacia de Peixoto de Azevedo, a 691 km de Cuiabá.

 

O grupo seria liderado pelo ex-delegado Geordan Antunes Fontenelle Rodrigues.

 

A defesa de Angeli havia entrado com um habeas corpus pedindo a retirada da medida cautelar, alegando constrangimento ilegal e ausência de fundamentação na decisão anterior.

 

No entanto, o relator do caso, desembargador Lídio Modesto da Silva Filho, destacou que o monitoramento eletrônico do investigador vem sendo reavaliado regularmente e que o processo é complexo, ainda dependendo da perícia de celulares apreendidos.

 

Além disso, o magistrado reforçou a gravidade das acusações, que apontam Marcos Paulo como braço direito do ex-delegado na suposta operação criminosa dentro da delegacia.

 

O esquema incluía a facilitação de investigações, liberação de veículos e realocação de presos em troca de dinheiro.

 

Em um dos casos, a quadrilha teria lucrado R$ 9 mil com o pagamento de uma fiança e cobrado R$ 15 mil para liberar um carro envolvido em um golpe.

A Operação Diaphthora, deflagrada em abril de 2024, cumpriu mandados de prisão, busca e apreensão e outras medidas cautelares contra servidores públicos e empresários suspeitos de corrupção passiva, associação criminosa e advocacia administrativa.

 

Apesar do recurso da defesa, o TJMT manteve o entendimento de que a tornozeleira eletrônica é necessária para garantir o andamento das investigações e a integridade do processo.

 
 

 

 

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