O desembargador aposentado do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) Sebastião Coelho foi impedido de entrar na sala da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) durante o julgamento da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e sete aliados.
Coelho chegou a subir ao terceiro andar do tribunal, onde ocorria a sessão, e protestou em frente ao plenário, interrompendo momentaneamente a leitura do relatório pelo ministro Alexandre de Moraes. Ele foi retirado do local pela segurança.
De acordo com o STF, o ex-desembargador não realizou o credenciamento prévio exigido para advogados que desejam acompanhar o julgamento presencialmente.
Do lado de fora, ele criticou a restrição e afirmou ter visto lugares vazios dentro do plenário. “Isso me causou grande revolta”, declarou.
Encaminhado para a sala da Segunda Turma, onde a sessão era transmitida por um projetor, Coelho decidiu deixar o local. “Se for para assistir pelo telão, prefiro ver de casa”, disse, anunciando que pretende acionar a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) contra a proibição de sua entrada.
Enquanto isso, os ministros da Primeira Turma analisam a denúncia da PGR sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, vencidas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Jair Bolsonaro é o único entre os denunciados que acompanha o julgamento presencialmente.
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