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JUDICIÁRIO Quarta-feira, 11 de Dezembro de 2024, 10:10 - A | A

Quarta-feira, 11 de Dezembro de 2024, 10h:10 - A | A

ACORDO JUDICAL

Ex-diretor do Sesc firma acordo de R$ 25 mil e encerra ação de improbidade administrativa

Em contrapartida, o magistrado extinguiu o processo contra ele, destacando que a medida oferece uma restituição mais rápida e eficiente ao erário, especialmente considerando o risco de insuficiência patrimonial ao término do processo

 

O ex-diretor do Serviço Social do Comércio (Sesc) em Mato Grosso, Marcos Amorim da Silva, firmou um acordo com o Ministério Público Estadual (MPE) e se livrou de uma ação por improbidade administrativa decorrente da 2ª fase da Operação Seven, que investigou o desvio de R$ 7 milhões em um esquema envolvendo a compra superfaturada de terras públicas.

 

O acordo, homologado pelo juiz Bruno D’Oliveira Marques, da Vara Especializada em Ações Coletivas, foi publicado na terça-feira (10).

 

Marcos Amorim comprometeu-se a devolver R$ 20 mil aos cofres públicos e a pagar uma multa civil de R$ 5 mil.

 

Em contrapartida, o magistrado extinguiu o processo contra ele, destacando que a medida oferece uma restituição mais rápida e eficiente ao erário, especialmente considerando o risco de insuficiência patrimonial ao término do processo.

 

A Operação Seven, deflagrada em 2016, desvendou um esquema em que uma área de 727 hectares na região do Lago de Manso, já pertencente ao Estado, foi adquirida novamente do médico Filinto Corrêa da Costa por um valor superfaturado de R$ 4 milhões.

 

A investigação revelou que o montante desviado foi ocultado por meio de complexas operações de lavagem de dinheiro.

 

Entre os envolvidos no esquema estão figuras de destaque, como o ex-governador Silval Barbosa e os ex-secretários José de Jesus Nunes Cordeiro, Arnaldo Alves de Souza Neto e Marcel Souza de Cursi.

 

O ex-procurador Chico Lima e o médico Filinto Corrêa também seguem respondendo à ação.

 

Por outro lado, o ex-secretário Pedro Nadaf, que havia firmado um acordo semelhante com o MPE, também foi excluído do processo.

 

O Ministério Público rastreou o destino dos recursos desviados, revelando que parte do montante foi utilizada em compras de luxo, como uma BMW X6 e uma moto BMW R 1200 GS, além de aplicações financeiras e custeio de eventos políticos.

 

Conforme as investigações, o esquema envolveu a emissão de cheques utilizados para movimentações financeiras fraudulentas que visavam "limpar" o dinheiro.

 

Empresas e pessoas ligadas aos envolvidos participaram ativamente desse processo, incluindo operações simuladas de compra e venda de propriedades e veículos para ocultar a origem ilícita dos valores.

 
 
 

 

 

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