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JUDICIÁRIO Quinta-feira, 12 de Dezembro de 2024, 08:13 - A | A

Quinta-feira, 12 de Dezembro de 2024, 08h:13 - A | A

MONITORADO

Juiz mantém tornozeleira eletrônica de vereador acusado de ligações com Comando Vermelho

Paulo Henrique é monitorado desde setembro, após ser alvo da Operação Pubblicare, que investiga lavagem de dinheiro e corrupção

 

O juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, negou o pedido da defesa do vereador Paulo Henrique (MDB) para revogar o uso de tornozeleira eletrônica.

 

A decisão foi publicada nesta quarta-feira (11), com base na acusação de envolvimento do parlamentar com uma facção criminosa que opera no estado.

 

Paulo Henrique responde por crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção passiva.

 

Ele foi preso em setembro na Operação Pubblicare, conduzida pela Ficco-MT (Força Integrada de Combate ao Crime Organizado), mas foi liberado após cinco dias, mediante o cumprimento de medidas cautelares, incluindo o monitoramento eletrônico.

 

Na decisão, o magistrado destacou a “atuação mais contundente” do vereador, que teria intermediado relações entre membros da facção criminosa e fiscais da Prefeitura de Cuiabá.

 

Além disso, Paulo Henrique é acusado de utilizar contas do Sindarf/MT, sindicato que presidia, para movimentações financeiras ilícitas em benefício do grupo criminoso.

 

Operação Pubblicare:

 

A operação, desdobramento da Operação Ragnatela, investiga servidores públicos e agentes políticos que teriam auxiliado uma facção criminosa na lavagem de dinheiro do tráfico de drogas.

 

Entre as práticas identificadas, está a organização de eventos em casas noturnas, financiados com recursos ilícitos.

 

Segundo as apurações, Paulo Henrique era responsável por facilitar a obtenção de licenças para shows sem a documentação necessária, recebendo contrapartidas financeiras.

 

A defesa do vereador argumentou que outros investigados não estão submetidos ao monitoramento eletrônico, mas o juiz considerou a situação de Paulo Henrique mais grave, negando o pedido de revogação das medidas cautelares.

 

 
 

 

 

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