A Justiça de Cuiabá determinou, nesta terça-feira (11), a suspensão das atividades do time de futebol amador "Amigos de WT" e da empresa mecânica "A.N.M. Dos Santos", ambos envolvidos em um esquema de lavagem de dinheiro para facções criminosas.

 

A decisão, tomada pelo juiz Jorge Alexandre Martins Ferreira, está no âmbito da Operação Fair Play, desencadeada pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) da Polícia Civil no último dia 27 de novembro.

 

As investigações apontaram que tanto o time de futebol quanto a empresa mecânica eram usados para ocultar recursos oriundos do tráfico de drogas.

 

O time "Amigos de WT" pertence a Paulo Witer Faria Paelo, o "WT", tesoureiro de uma facção criminosa de Cuiabá, enquanto a mecânica foi fundada em 2017 por Andrew Nickolas Marques dos Santos, um aliado próximo de "WT".

 

A movimentação financeira das empresas apresentou irregularidades, com transações incompatíveis com suas atividades e indícios de que o dinheiro estava sendo lavado através de operações como depósitos fracionados e pagamentos em espécie.

 

O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) identificou recursos provenientes de fontes externas, não relacionadas ao negócio registrado, reforçando a suspeita de lavagem de dinheiro.

 

Além da suspensão das atividades econômicas, a operação resultou em 19 mandados judiciais cumpridos, incluindo prisões e apreensões de bens.

 

A Operação Fair Play é um desdobramento da Operação Apito Final, que investigou um esquema semelhante de lavagem de dinheiro envolvendo membros da mesma organização criminosa.

 

O principal alvo das operações, Paulo Witer, permanece preso desde abril deste ano.