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JUDICIÁRIO Terça-feira, 11 de Março de 2025, 07:51 - A | A

Terça-feira, 11 de Março de 2025, 07h:51 - A | A

DECISÃO JUDICIAL

Juíza determina prisão de sargento da PM na Escola de Praças de MT

A decisão foi tomada pela juíza Silvana Ferrer Arruda, em audiência de custódia realizada no último sábado (8), após o policial se entregar à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP)

 

A Justiça de Mato Grosso determinou que o sargento da Polícia Militar Heron Teixeira Pena Vieira cumpra sua prisão temporária na Escola de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (ESFAP), em Cuiabá.

 

A decisão foi tomada pela juíza Silvana Ferrer Arruda, em audiência de custódia realizada no último sábado (8), após o policial se entregar à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

 

Heron era considerado foragido desde a última quinta-feira (6), quando a Operação Office Crimes - A Outra Face foi deflagrada para investigar a morte do advogado Renato Nery.

 

Além dele, outros quatro policiais militares e um civil foram presos sob suspeita de envolvimento no assassinato, ocorrido em julho de 2024, na capital mato-grossense.

 

A magistrada ordenou que medidas especiais fossem adotadas para garantir a segurança do sargento, devido à sua condição de policial militar. No despacho, determinou que a unidade de custódia assegure sua integridade física e sua permanência em local seguro.

 

"Considerando a informação de que o autuado é policial militar, determino seja expedido ofício ao responsável pelo local para que adote as medidas necessárias e imediatas visando a garantia da integridade física e da própria vida do apresentado", escreveu a juíza.

 

Além disso, Heron foi proibido de manter contato com os demais policiais presos: Wailson Alessandro Medeiros Ramos, Wekcerlley Benevides de Oliveira, Leandro Cardoso e Jorge Rodrigo Martins.

 

O grupo é investigado por envolvimento direto na morte de Renato Nery, que foi executado com sete tiros na cabeça em frente ao seu escritório, na Avenida Fernando Corrêa, em Cuiabá..

O sargento também foi alvo da Operação Simulacrum, que investigou um grupo de mais de 60 policiais militares suspeitos de envolvimento em 24 mortes forjadas como confrontos. O Ministério Público denunciou Heron no âmbito dessa investigação.

 

Em nota oficial, a Polícia Militar afirmou que a Corregedoria-Geral está acompanhando o caso e reforçou que a instituição "não coaduna com nenhum tipo de crime, seja dentro da corporação ou fora dela".

 

Renato Nery, de 72 anos, foi morto em 5 de julho de 2024. Câmeras de segurança registraram o momento em que o advogado foi alvejado. Ele chegou a ser socorrido e passou por cirurgia, mas não resistiu aos ferimentos.

 

O crime chocou a comunidade jurídica de Mato Grosso e segue sob intensa investigação.

 
 

 

 

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