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JUDICIÁRIO Segunda-feira, 10 de Março de 2025, 16:29 - A | A

Segunda-feira, 10 de Março de 2025, 16h:29 - A | A

VEJA VÍDEO

STF lança campanha com Porta dos Fundos sobre direitos das mulheres, mas recebe críticas

Para o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, a parceria com o Porta dos Fundos é uma forma de disseminar informações essenciais sobre os direitos das mulheres.

Ana Barros

 

No Dia Internacional da Mulher, o Supremo Tribunal Federal (STF) lançou uma campanha em parceria com o grupo de humor Porta dos Fundos para ampliar o debate sobre os direitos das mulheres e o combate à violência de gênero. A iniciativa inclui dois vídeos que abordam decisões importantes da Corte para a proteção feminina.

 

 

Segundo o STF, a campanha tem o objetivo de tornar informações jurídicas mais acessíveis e didáticas. Os vídeos foram produzidos sem pagamento de cachê, conforme comunicado oficial. O primeiro foi publicado neste sábado (8), e o segundo será lançado no dia 10 de março.

 

Humor para conscientizar

 

Com roteiro de Kika Hamaoui e Gustavo Vilela, e participação do humorista Gregório Duvivier, o primeiro vídeo aborda a derrubada da tese da “legítima defesa da honra”, que foi declarada inconstitucional pelo STF em 2021.

 

O segundo vídeo, escrito por Barbara Duvivier e Gabriela Niskier, desmistifica a ideia de que o passado da vítima pode ser usado para justificar crimes de assédio ou violência sexual. O objetivo é evidenciar como essa narrativa desestimula denúncias e perpetua a impunidade.

 

“O humor é uma excelente ferramenta para provocar reflexões”, afirmou Joema Martins, Diretora de Estratégias do Porta dos Fundos.

 

Barroso defende campanha para ampliar o alcance da Justiça

 

Para o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, a parceria com o Porta dos Fundos é uma forma de disseminar informações essenciais sobre os direitos das mulheres.

 

“As decisões citadas nos vídeos já estão mudando a vida de muitas mulheres. O STF considerou inaceitável o argumento da legítima defesa da honra e também declarou que o passado da vítima não pode ser usado contra ela em processos de assédio”, destacou Barroso.

 

A ouvidora da Mulher do STF, Cristina Telles, ressaltou que a campanha reforça o compromisso da Constituição com a proteção das mulheres.

 

“Estamos falando de direitos fundamentais à não-violência, que precisaram ser reconhecidos no Tribunal porque ainda havia resistência social a eles. Essa parceria é, acima de tudo, uma forma de comunicar o repúdio da Constituição a qualquer forma de violência contra meninas e mulheres”, pontuou.

 

 

 

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