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JUDICIÁRIO Segunda-feira, 31 de Março de 2025, 08:32 - A | A

Segunda-feira, 31 de Março de 2025, 08h:32 - A | A

"ELA SABE O QUE FEZ"

Promotor descarta exame de sanidade e defende júri popular para mulher que matou grávida

A denúncia do Ministério Público de Mato Grosso contra a bombeira foi aceita pela Justiça na última quinta-feira (28)

 

O promotor de Justiça Rinaldo Segundo afirmou que espera que a bombeira civil Nataly Helen Martins Pereira, acusada de matar a adolescente grávida E.A.S., de 16 anos, seja levada a júri popular.

 

Ele também rebateu o pedido de exame de sanidade mental solicitado pela defesa da ré, argumentando que a mulher tinha plena consciência do crime cometido.

 

“No caso dela, considero dispensável esse exame, porque ela demonstra claramente consciência do que fez”, disse o promotor.

 

Segundo ele, Nataly chegou a se esconder das câmeras ao sair da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o que indicaria que estava ciente da gravidade de suas ações.

 

A denúncia do Ministério Público de Mato Grosso contra a bombeira foi aceita pela Justiça na última quinta-feira (28).

 

Ela agora responde pelos crimes de feminicídio, ocultação de cadáver e outros seis delitos. Caso seja condenada, a pena pode ultrapassar 90 anos de prisão.

 

Próximos passos do processo

Nataly tem um prazo de dez dias para apresentar sua defesa. Após isso, o Ministério Público iniciará a fase de instrução do processo, reunindo provas e ouvindo testemunhas. De acordo com o promotor, há 15 pessoas que deverão ser interrogadas antes que a ré seja ouvida.

 

“Acredito que ela irá a júri. Não tem como, em um caso desse, não ir a júri”, ressaltou Rinaldo.

 

Ele ainda destacou que o reconhecimento do feminicídio nesse caso seria um avanço na proteção das mulheres, independentemente de o crime ter sido cometido por outra mulher. “Nesse contexto de epidemia de feminicídios, precisamos reforçar essa proteção”, afirmou.

 

O crime

 

Nataly atraiu a adolescente para sua casa sob o pretexto de doar roupas para o bebê, mas acabou asfixiando a jovem, amarrando-a e retirando o bebê de seu ventre. Em seguida, enterrou o corpo nos fundos de sua residência e tentou se passar por parturiente em um hospital, mas exames revelaram que ela não havia dado à luz recentemente.

 

A bombeira civil foi presa no mesmo dia do crime, junto com seu namorado, que posteriormente foi liberado. Atualmente, ela segue detida em uma cela solitária na Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto May.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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