O colapso da ponte Juscelino Kubitschek, que fazia a ligação entre Maranhão e Tocantins, no último domingo (22/12), escancarou as graves falhas na gestão de contratos públicos e a negligência na conservação de obras essenciais. Apesar de terem sido destinados R$ 3,6 milhões para a manutenção da estrutura, o desastre resultou na morte de oito pessoas, além de nove desaparecidos.
A responsabilidade direta recai sobre a empresa Matera Engenharia, contratada em 2021 para executar a manutenção da ponte. Mesmo com repasses contínuos até 2024, a tragédia revelou que os serviços realizados não foram suficientes para garantir a segurança da população.
O histórico da Matera Engenharia levanta sérias preocupações. Em novembro, a empresa foi sancionada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) devido a irregularidades em outro contrato, de R$ 4,4 milhões, voltado à conservação de rodovias federais no Tocantins. A penalidade a impediu de firmar novos contratos públicos até janeiro de 2025, mas, estranhamente, não afetou o contrato de manutenção da ponte que desabou.
O Dnit justificou a sanção com base na Lei do Pregão, citando fraudes contratuais e falhas graves na execução dos serviços contratados. No entanto, os indícios de má gestão e a falta de fiscalização efetiva permanecem evidentes.
O Ministério dos Transportes confirmou que os R$ 3,6 milhões recebidos pela Matera Engenharia eram destinados exclusivamente à manutenção da ponte. No entanto, a falta de transparência e o aparente desleixo na execução desse contrato foram fatores cruciais para a tragédia, que poderia ter sido evitada com uma fiscalização mais rigorosa e uma gestão pública eficiente.
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jose Maria da Silva e Moura junior 27/12/2024
Toca na justiça e pede indenizacao contra o Eatado, eo mínimo, e peça cadeiao ao Governador e secretário de Obras Publicas
Maria Das Graças Andrade Bueno 27/12/2024
Quem vai pagar?
2 comentários