O ex-vereador de Cuiabá, Paulo Henrique (MDB), está foragido da Justiça e pode ter sua prisão decretada.
Desde novembro de 2024, a Justiça tenta citá-lo para que apresente defesa no processo que investiga sua participação em uma facção criminosa, mas ele não é encontrado.
O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), por meio do promotor Daniel Carvalho Mariano, solicitou uma nova tentativa de intimação e alertou que, caso continue desaparecido, pode pedir sua prisão preventiva.
O juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, aceitou o pedido, mas determinou que qualquer solicitação de prisão seja feita em um processo separado.
Acusação e investigações
Paulo Henrique é acusado de integrar um esquema que facilitava fiscalizações em casas noturnas pertencentes a membros de uma facção criminosa.
Além de vereador, ele também ocupava o cargo de secretário adjunto da Secretaria Municipal de Ordem Pública e Defesa Civil de Cuiabá (SORP). Segundo as investigações, ele liderava o esquema e facilitava a realização de eventos que serviam para lavagem de dinheiro.
O ex-vereador foi alvo das operações Pubblicare e Ragnatella e chegou a ser preso em setembro de 2024, mas foi solto cinco dias depois e passou a usar tornozeleira eletrônica. No entanto, em fevereiro deste ano, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso ordenou a retirada do dispositivo, dificultando sua localização.
Justiça tenta, mas não encontra Paulo Henrique
Outros réus do caso, José Márcio Ambrosio Vieira, José Maria de Assunção, Rodrigo Anderson de Arruda Rosa e Ronnei Antônio Souza da Silva, já foram citados pela Justiça. No entanto, a busca por Paulo Henrique continua sem sucesso.
Oficiais de Justiça tentaram notificá-lo em dois endereços diferentes em Cuiabá, sem sucesso.
Em um deles, na Avenida Arquimedes Pereira Lima, o porteiro informou que o imóvel está vazio há dias. Outras tentativas foram feitas por WhatsApp e telefone, mas sem retorno.
Em janeiro, sua defesa afirmou que ele estaria à disposição da Justiça. Apesar disso, a citação continua pendente nos autos do processo.
Caso Paulo Henrique não seja localizado, a Justiça pode declará-lo foragido e atender a um eventual pedido de prisão feito pelo Ministério Público.