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JUDICIÁRIO Segunda-feira, 09 de Dezembro de 2024, 14:03 - A | A

Segunda-feira, 09 de Dezembro de 2024, 14h:03 - A | A

ALERTA AO JUDICIÁRIO

Presidente do TJ-MT critica PEC que limita salários e alerta para aposentadoria em massa de magistrados

Segundo a magistrada, a PEC pode resultar na aposentadoria de 45% dos juízes em todo o país, configurando, em suas palavras, uma “perspectiva de esvaziamento” da magistratura

 

A presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT), desembargadora Clarice Claudino, manifestou-se nesta segunda-feira (9) contra a Proposta de Emenda à Constituição 45/2024, que inclui medidas para limitar os supersalários do funcionalismo público.

 

Segundo a magistrada, a PEC pode resultar na aposentadoria de 45% dos juízes em todo o país, configurando, em suas palavras, uma “perspectiva de esvaziamento” da magistratura.

 

Clarice destacou que a PEC reflete uma visão “profundamente equivocada” sobre os custos do Judiciário brasileiro. "Nós não significamos um peso como anuncia a PEC 45", afirmou, reforçando que sua manifestação visa esclarecer a população sobre os impactos do ajuste fiscal promovido pelo Governo Federal, que, segundo ela, "não se justifica cortar na carne" das carreiras do Judiciário, do Ministério Público e de outras carreiras de Estado.

 

A fala da desembargadora converge com uma nota pública emitida pelos conselhos de presidentes de tribunais de justiça do Brasil, que também preveem uma aposentadoria em massa caso a PEC seja aprovada.

 

Dados e custos do Judiciário:

 

A presidente do TJ-MT utilizou dados apresentados pelo ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), em um evento recente em Campo Grande (MS).

 

Atualmente, o Brasil conta com 18.858 magistrados, responsáveis por mais de 82,7 milhões de processos, gerando uma despesa anual de R$ 132 bilhões.

 

Clarice enfatizou que esses custos representam apenas 1,2% do PIB nacional e 2,38% dos gastos totais da União, estados e municípios.

 

Além disso, 52% dessas despesas são cobertas por receitas arrecadadas pelo próprio Poder Judiciário, que, segundo a desembargadora, é um “sistema altamente positivo do ponto de vista financeiro”.

 

“Considerando que mais de 50% dos processos tramitam gratuitamente e que a União, estados e municípios não pagam custas, o Judiciário demonstra sua eficiência financeira”, completou.

 

A Proposta de Emenda Constitucional segue em discussão no Congresso Nacional, enquanto lideranças do Judiciário tentam sensibilizar parlamentares e a opinião pública sobre os possíveis impactos negativos da medida.

 
 
 
 
 

 

 

Comente esta notícia

Ademir 09/12/2024

Que cara de pau falar isso , com trilhões de custos a estes que também são servidores públicos ganhar mais de 500 mil mês , achar que é normal !!!! Que são numa época de Governo corrupto no Brasil que também podem tudo , por isso estamos indo pro buraco mais rápido !!!!

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1 comentários