O Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu um prazo de 72 horas para que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) explique a razão por trás da requisição dos dados do celular de Roberto Zampieri, advogado assassinado em dezembro do ano passado em Cuiabá.
A decisão, assinada pelo ministro André Mendonça e publicada nesta quinta-feira (4), atende a um recurso movido pela viúva do advogado.
Os dados do aparelho foram enviados ao CNJ por ordem do juiz auxiliar Wellington da Silva Medeiros, como parte de uma reclamação disciplinar contra o magistrado Wladymir Perri, ex-titular da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, por alegadas irregularidades na condução do inquérito policial do assassinato.
A viúva já havia solicitado ao CNJ a devolução do celular e a destruição dos dados extraídos, pedido que foi negado pelo ministro Luis Felipe Salomão.
Em sua decisão, Salomão indicou que o assassinato do advogado poderia ter conexão com decisões judiciais em Mato Grosso.
No recurso ao STF, a viúva busca impedir o CNJ de examinar e utilizar os dados telefônicos e outras evidências coletadas