A 1ª Turma Recursal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso rejeitou o recurso do deputado federal e candidato a prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), mantendo a absolvição do professor Bruno Araújo, da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
O processo foi movido pelo parlamentar em razão de uma entrevista concedida por Araújo, na qual ele analisou um gesto controverso feito por Brunini durante uma sessão da CPMI do 8 de Janeiro, que foi interpretado por alguns como um sinal de supremacia branca, com analogias ao nazismo.
O juiz de primeira instância, Jamilson Haddad, já havia decidido, em janeiro, que a entrevista estava protegida pela liberdade de expressão e que Araújo não extrapolou os limites ao comentar sobre o gesto.
Inconformado, Brunini recorreu, alegando que o professor atribuiu falsamente um crime a ele.
A defesa do deputado sustentou que o gesto feito por Abílio era, na verdade, um simples pedido de mais tempo para um colega durante a sessão.
No julgamento do recurso, a Turma Recursal reiterou o entendimento inicial, absolvendo o professor e determinando que o parlamentar arcasse com as custas processuais e honorários advocatícios.
Nas redes sociais, Bruno Araújo comemorou a decisão e defendeu o direito à liberdade de expressão.