Em uma entrevista realizada na quinta-feira (04), a presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT), desembargadora Maria Aparecida Ribeiro, abordou a questão do suposto envolvimento de facções criminosas nas eleições municipais deste ano.
Ribeiro afirmou que a Justiça Eleitoral não pode antecipar punições sem que as investigações sejam concluídas, ressaltando que o Ministério Público é o órgão responsável pela fiscalização.
A desembargadora declarou que, apesar de haver denúncias, é prematuro considerar a situação alarmante. "Não vou dizer que seja preocupante. Eu acho que, dentro de um contexto, é razoável", disse.
Ribeiro também enfatizou a atuação do Gabinete de Gestão Integrada (GGI), que coordena as forças de segurança do Estado, e que as informações sobre as denúncias contra faccionados foram repassadas ao procurador regional eleitoral.
Quanto ao impacto de uma possível eleição de membros de facções para cargos políticos, a presidente do TRE destacou que ações só poderão ser tomadas após a comprovação de irregularidades ou crimes.
"A investigação é uma coisa, a condenação é outra", afirmou. Ela ressaltou a necessidade de seguir o processo legal e que as providências cabem à legislação vigente.
As declarações ocorrem em um momento de crescente preocupação com a segurança dos eleitores e a integridade do processo eleitoral.
O TRE-MT segue monitorando a situação e garantiu que todas as denúncias estão sendo analisadas com seriedade.