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POLÍTICA NACIONAL Sexta-feira, 01 de Novembro de 2024, 16:52 - A | A

Sexta-feira, 01 de Novembro de 2024, 16h:52 - A | A

TOM OFENSIVO

Itamaraty rebate declarações de Maduro e condena taques; VEJA NOTA

A nota destacou que a escolha por “ataques pessoais e escaladas retóricas”, em vez de abordagens diplomáticas e políticas, não condiz com o tratamento respeitoso com o qual o Brasil aborda a Venezuela e seu povo.

 

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil emitiu uma nota nesta sexta-feira (1º) respondendo com firmeza às declarações recentes do presidente venezuelano Nicolás Maduro, que o Itamaraty considerou de “tom ofensivo”. O comunicado brasileiro condenou duramente os ataques pessoais dirigidos a autoridades do país, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, além de diplomatas e assessores, classificando as declarações como “inaceitáveis e desrespeitosas”.

A nota destacou que a escolha por “ataques pessoais e escaladas retóricas”, em vez de abordagens diplomáticas e políticas, não condiz com o tratamento respeitoso com o qual o Brasil aborda a Venezuela e seu povo. A resposta do Itamaraty enfatizou a importância de manter o diálogo diplomático adequado, reafirmando a posição do governo brasileiro em relação à soberania e à não-intervenção nos assuntos internos dos países vizinhos.

As tensões entre os dois países aumentaram depois que a Polícia Nacional Bolivariana da Venezuela compartilhou nas redes sociais uma imagem distorcida de Lula, com mensagens que exaltavam a independência da Venezuela e rejeitavam qualquer suposta interferência. Em tom provocador, a publicação ainda advertia: “quem mexe com a Venezuela se dá mal”.

O agravamento do conflito diplomático está relacionado também ao posicionamento do Brasil após as eleições de julho na Venezuela, em que Maduro foi declarado vencedor. O governo brasileiro não reconheceu a legitimidade do pleito, argumentando falta de transparência no processo. Em resposta, a Venezuela tomou medidas diplomáticas, convocando o encarregado de negócios brasileiro em Caracas e chamando de volta o embaixador venezuelano em Brasília para consultas — um gesto que reflete forte discordância.

O veto do Brasil à inclusão da Venezuela no bloco econômico BRICS, cuja adesão era uma prioridade para Maduro, aumentou ainda mais o clima de desentendimento. Em comunicado, a chancelaria venezuelana criticou duramente o Assessor Especial para Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, descrevendo-o como um “mensageiro do imperialismo norte-americano”.

A nota completa do Itamaraty ressalta a surpresa do governo brasileiro diante das manifestações venezuelanas, frisando o compromisso com o respeito mútuo e a valorização de parcerias baseadas em diálogo, respeito às diferenças e entendimento mútuo. Além disso, o governo brasileiro reiterou que seu interesse pelo processo eleitoral venezuelano decorre do papel de testemunha dos Acordos de Barbados, nos quais o Brasil foi convidado a acompanhar o pleito de 28 de julho.

A postura do Brasil, conforme o comunicado, permanece voltada para parcerias pautadas pela diplomacia, reiterando que a escalada de tensões pode ser contornada com o diálogo e a cooperação entre as nações.

 

A íntegra da nota do Itamaraty

“O governo brasileiro constata com surpresa o tom ofensivo adotado por manifestações de autoridades venezuelanas em relação ao Brasil e aos seus símbolos nacionais.

 

A opção por ataques pessoais e escaladas retóricas, em substituição aos canais políticos e diplomáticos, não corresponde à forma respeitosa com que o governo brasileiro trata a Venezuela e o seu povo.

O Brasil sempre teve muito apreço ao princípio da não-intervenção e respeita plenamente a soberania de cada país e em especial a de seus vizinhos.

 

O interesse do governo brasileiro sobre o processo eleitoral venezuelano decorre, entre outros fatores, da condição de testemunha dos Acordos de Barbados, para o qual foi convidado, assim como para o acompanhamento do pleito de 28 de julho.

 

O governo brasileiro segue convicto de que parcerias devem ser baseadas no diálogo franco, no respeito às diferenças e no entendimento mútuo.”

 

 

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