O ex-ministro Walter Braga Netto foi preso neste sábado, 14 de dezembro, pela Polícia Federal (PF) ao retornar de uma viagem de férias em Alagoas com a família. A prisão foi realizada no Rio de Janeiro e faz parte das investigações sobre o planejamento de um golpe de Estado no Brasil. O ex-ministro é apontado como o líder de um grupo que teria arquitetado uma intervenção militar, incluindo assassinatos de autoridades como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
De acordo com informações da GloboNews, a Polícia Federal optou por aguardar o retorno de Braga Netto para sua residência, em uma estratégia para evitar o constrangimento de prender o investigado na presença de seus netos. O mandado de prisão preventiva foi expedido na quinta-feira, 12 de dezembro, e a prisão foi executada apenas após o ex-ministro voltar ao Rio de Janeiro.
Além da prisão de Braga Netto, a operação deste sábado também cumpriu dois mandados de busca e apreensão e uma medida cautelar contra outros envolvidos na investigação, que buscam evitar a obstrução da produção de provas.
Plano de golpe e envolvimento de Bolsonaro
A investigação aponta que Braga Netto, durante o governo de Jair Bolsonaro, teria planejado e financiado uma intervenção militar, com o objetivo de desestabilizar a democracia no Brasil. Além de Braga Netto, outros 35 indivíduos, incluindo ex-ministros, comandantes das Forças Armadas e assessores de Bolsonaro, estão sendo investigados.
A PF destacou que as ações têm como objetivo impedir a continuidade das ações ilícitas e garantir a integridade do processo. O relatório da investigação foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), que derrubou o sigilo, permitindo maior transparência.
Impacto político e jurídico
O caso é um marco nas investigações que envolvem figuras-chave do governo Bolsonaro e suas conexões com tentativas de desestabilizar a ordem democrática. A Procuradoria-Geral da República (PGR) agora analisará as provas para decidir se os investigados serão formalmente denunciados.
A prisão de Braga Netto e as recentes ações da PF reafirmam o compromisso das instituições brasileiras em garantir a democracia e combater qualquer ameaça ao Estado de Direito.