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JUDICIÁRIO Quarta-feira, 04 de Dezembro de 2024, 16:44 - A | A

Quarta-feira, 04 de Dezembro de 2024, 16h:44 - A | A

"TENHO FÉ"

Líder do Comando Vermelho em MT afirma querer mudar de vida após cumprir pena

O depoimento foi dado no contexto de uma investigação sobre uma organização criminosa supostamente liderada por Sandro, que inclui sua esposa Taiza, a ex-advogada Diana e o detento Luiz Fagner

 

Em depoimento ao juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da Vara do Crime Organizado, Sandro Louco, líder do Comando Vermelho em Mato Grosso, negou envolvimento com tráfico de drogas e declarou sua intenção de mudar de vida após cumprir os 30 anos de reclusão na Penitenciária Central do Estado (PCE), apesar de somar mais de 170 anos de pena.

Durante a audiência, Sandro afirmou que sua ficha criminal não inclui processos relacionados a tráfico de drogas ou extorsão, embora ele tenha sido preso inicialmente por assalto a banco. "Pode procurar no meu processo, não tem processo de tráfico. Não gosto de trabalhar com drogas, não mexo com extorsão e não mando ninguém ficar fazendo roubo para mim. Até hoje, nunca pegaram eu fazendo isso e nem vão pegar, porque eu não faço isso", declarou.

O depoimento foi dado no contexto de uma investigação sobre uma organização criminosa supostamente liderada por Sandro, que inclui sua esposa Taiza, a ex-advogada Diana e o detento Luiz Fagner. A operação apura a lavagem de dinheiro oriundo do tráfico de drogas, o que o acusado nega ter envolvimento.

Sandro também aproveitou a audiência para fazer um pedido inusitado ao juiz: permissão para jogar futebol na unidade prisional. "Poxa, doutor, deixa eu entrar no sistema pelo menos para eu poder jogar bola, que é uma coisa que eu gosto de fazer. Eu não tô pedindo nada de mais para o senhor", apelou.

Demonstrando arrependimento, Sandro reforçou seu desejo de recomeçar. "Eu quero mudar minha vida, tenho fé em Deus que vou sair daqui completando os 30 anos. Eu vou embora e lá vou colocar em prática e mostrar que vou mudar minha vida", concluiu.

O caso segue em investigação, e o depoimento será analisado no contexto das provas reunidas pela operação.

 
 

 

 

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