O Ministério Público Eleitoral (MPE) solicitou a cassação dos mandatos do prefeito eleito de Sorriso, Alei Fernandes (União), e de seu vice, Acácio Ambrosini (União).
A acusação baseia-se em supostos crimes de caixa 2 e recebimento de doações ilícitas durante a campanha eleitoral de 2024.
O pedido inclui a negação ou cassação da diplomação dos eleitos, sob a alegação de captação e gastos irregulares.
O promotor eleitoral Márcio Florestan Berestinas afirmou que a Polícia Federal reuniu provas substanciais que indicam um esquema de financiamento ilegal coordenado por Nei Francio, apontado como peça-chave no esquema.
Durante a campanha, R$ 300 mil foram apreendidos pela Polícia Rodoviária Federal e, segundo o MPE, esse valor teria sido retirado da empresa L.R. Diesel Comércio de Peças Ltda., em Várzea Grande, para alimentar o caixa 2.
Conversas obtidas pela investigação indicam que Alei Fernandes e seu irmão, Gilson Fernandes, tinham conhecimento das irregularidades.
Além disso, os filhos de Nei Francio teriam realizado doações em nome de uma empresa, prática proibida pela legislação eleitoral.
Operação Rustius
A operação foi deflagrada pela Polícia Federal no dia 4 de dezembro, com buscas e apreensões envolvendo empresários e empresas do agronegócio em Sorriso e outras cidades de Mato Grosso.
Entre os investigados, estão Gilson Fernandes e Atílio Elias Rovaris, além de empresas como Santa Laura Agronegócios e L.R. Diesel.
Na casa de Wendell José de Souza, outro alvo da operação, foram encontrados R$ 115 mil.
Apesar das evidências, o pedido de prisão de Nei Francio foi negado pela Justiça, que determinou a apreensão de seu passaporte.
A investigação segue em curso, apurando o impacto financeiro do esquema na campanha e sua ligação com os candidatos.