O Tribunal do Júri de Cuiabá condenou o policial militar Ítalo José de Souza Santos a 22 anos de prisão, em regime fechado, pela morte de Rodrigo Gonçalves da Silva, ocorrida em julho de 2012.
O julgamento, realizado na última quinta-feira (07), também determinou a perda do cargo do réu, uma exigência apresentada pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPMT).
A acusação foi sustentada pelo promotor de Justiça Vinícius Gahyva Martins.
De acordo com o MPMT, o crime aconteceu em um bar na Rua Primeiro de Março, em Cuiabá. Na ocasião, Ítalo e Rafael Francisco de Almeida, que faleceu durante o decorrer do processo, abordaram a vítima.
Rafael, que pilotava uma moto, acompanhava Ítalo, o qual desceu do veículo, retirou o capacete e efetuou os disparos contra Rodrigo.
As investigações apontaram que o crime foi motivado por uma antiga animosidade entre Ítalo e Rodrigo. Segundo os autos, Rodrigo teria tido conflitos com familiares de Ítalo e, além disso, teria matado um amigo do policial.
Esses antecedentes configuraram o crime como de motivo torpe, além de ter sido realizado de modo a dificultar a defesa da vítima.
O Tribunal estabeleceu a pena considerando o homicídio qualificado pelos fatores de motivo torpe e a impossibilidade de defesa por parte de Rodrigo.
Com a sentença, Ítalo José de Souza Santos perderá seu cargo de policial militar, reforçando o compromisso do sistema judicial de Mato Grosso com a responsabilização rigorosa em casos envolvendo agentes de segurança pública.
Este caso é um exemplo de como o sistema judicial lida com crimes cometidos por agentes do Estado, ressaltando a importância de responsabilizar servidores que extrapolam seus deveres.