O juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, rejeitou os recursos de Pedro Elias Domingos de Mello e Alexssandro Neves Botelho, mantendo as condenações de ambos por envolvimento em um esquema de propinas que teria beneficiado parte do staff do ex-governador Silval Barbosa entre 2011 e 2012.
A decisão, publicada nesta quarta-feira, confirma a sentença que condenou Pedro Elias a 7 anos de prisão no regime semiaberto por corrupção passiva e Alexssandro Botelho a 9 anos em regime fechado por corrupção ativa.
O esquema, investigado na Operação Bereré, revelou um superfaturamento de R$ 86,3 mil em contratos do Detran-MT, com propinas que somaram R$ 647 mil, repassadas pela empresa Sal Locadora ao ex-secretário Pedro Elias e a Rodrigo da Cunha Barbosa, filho do ex-governador.
O magistrado destacou que os réus não apresentaram provas de omissão, obscuridade ou contradição na sentença, inviabilizando os recursos.
A decisão reafirma o rigor das penalidades, apesar do acordo de colaboração premiada firmado por Pedro Elias, que o isenta do uso de tornozeleira eletrônica.
A condenação é mais um capítulo na série de escândalos que abalaram a gestão do ex-governador Silval Barbosa, investigada por práticas de corrupção sistêmica.